Crítica Estruturada: Primeira Versão das Animações Imersivas

 Ana Carolina Lages Santos: Day to Night 


A animação de Ana é interessante pela maneira que ela utiliza das imagens produzidas por outros colegas em atividades anteriores, se apropriando delas para criar um stopmotion abstrato e nem um pouco previsível. O uso das cores e dos sons é instigante e contribui para a captura do espectador, que é chamado a assistir a animação pelos tons vibrantes e que se mantém entretido pelas sonoridades que acompanham os movimentos de cada frame. No entanto, em alguns momentos, as cenas parecem estar desconectadas umas das outras, o que causa um certo incômodo, motivado, principalmente, pelo surgimento de novas imagens no vídeo que não aparentam dar uma continuidade ao que foi mostrado nele anteriormente. 

Gabriel Batista São Paulo: 


O stopmotion produzido por Gabriel é visualmente muito bonito e interessante. Com linhas e formas de cores vibrantes contrastando com o fundo preto e uma sequência de cenas abstrata e imprevisível, chegou-se a um resultado esteticamente muito agradável. Me senti muito cativada pela maneira com que as formas geométricas aparentemente aleatórias ao final do vídeo são delimitadas formando uma das dobraduras produzidas por outro colega na atividade de exploração das perspectivas de luz e sombra. O único detalhe que me causou grande estranheza ao longo do vídeo e tornou a minha experiência assistindo à animação menos proveitosa foi a ausência de sons acompanhando as cenas, uma vez que o completo silêncio no vídeo acabou por torná-lo, em alguns momentos, monótono. 

Isabella Riberti Peres Ribeiro Carmignano: 


A animação criada por Isabella apresenta uma proposta bastante diferente dos dois stopmotions criticados anteriormente. Nele as cores vibrantes e chamativas não estão mais presentes, sendo substituídas por tons neutros e imagens em preto e branco. Outra característica que distingue o vídeo de Isabella é a trilha sonora, que não busca acompanhar os movimentos das cenas, mas sim criar uma ambientação que aparenta ser de filme de ficção científica para a narrativa proposta. Entretanto, duas coisas me causaram incômodo na animação. A primeira delas é que, embora haja uma tentativa de fazer uma conexão entre as formas que recebem destaque através do zoom, as fotografias que compõem a primeira e a terceira cena apresentam cores - cores neutras, mas não deixam de ser cores -, enquanto a cena intermediária foi criada a partir de uma foto em preto em branco, prejudicando o "link" que se pretendeu criar entre as cenas. Por fim, o som utilizado no primeiro momento do vídeo também parece estar completamente desconectado da trilha sonora empregada no restante da animação, uma vez que a primeira cena conta com um som instrumental e as demais cenas apresentam efeitos sonoros que remetem a filmes de ficção científica. 

Bianca Gonçalves de Moura Silva: 


O aspecto mais interessante da animação de Bianca são os sons empregados ao longo do vídeo. A trilha sonora que acompanha as cenas é extremamente útil para manter o espectador engajado ao longo da passagem de cenas. Um aspecto que me trouxe certo desconforto ao ver o vídeo é a grande desconexão entre uma cena e outra, de forma que cada frame parece ter sido colocado ali sem motivo aparente. Não consegui enxergar uma narrativa no vídeo, apenas uma sequência, em alguns momentos bastante caótica, de imagens e desenhos aleatórios. Por esse motivo, pode-se dizer que certamente o stopmotion de Bianca não é nem um pouco previsível e que se a intenção dela ao criar essa dinâmica confusa de cenas era desconcertar o espectador ela foi muito bem sucedida, uma vez que eu mesma logo que acabei de ver o vídeo pela primeira vez, sem conseguir assimilar muito bem o que estava acontecendo nele, o assisti de novo algumas vezes sem que em nenhuma delas ele se tornasse entediante ou monótono. 








Comentários

Postagens mais visitadas